Não há voleibol na cidade de Maputo e ninguém sabe dizer quando haverá. Esta situação que como não poderia deixar de ser deixa os atletas, afinal são eles os principais intervenientes da modalidade, bastante aborrecidos. O vazio é enorme na família do voleibol da cidade. Desde Novembro de 2022, já passam cinco meses que não há competição e nem quem assuma o cargo de presidente da Associação de Voleibol da Cidade de Maputo (AVCM), um lugar que ficou em aberto em Outubro com o falecimento de Mara Rêgo, que vinha liderando os destinos da modalidade.
No sentido de colher o sentimento dos atletas sobre esta fase “morta” que vive o voleibol, que até tem dado muitas alegrias ao país a nível de clubes com os títulos da Zona VI em masculinos e femininos através da Autoridade Tributária de Nampula, Universidade Pedagógica de Maputo e mais recentemente Académica, alguns dos principais clubes de maior referência do país.
ESTAMOS TODOS DESMOTIVADOS
NATALIA INTENGO
“Seja qual for o motivo para a falta de competição, estamos diante de uma situação que não tem nada de positivo. Vários atletas estão desmotivados e isto pode culminar com o retrocesso do nosso rendimento, bem como impedir a evolução de outros. E é um adversário para a massificação do voleibol, pois as competições atraem mais praticantes, sejam estes amadores ou profissionais e apesar de alguns atletas estarem a treinar nos seus clubes, eles necessitam de adversários para apurarem os seus pontos fortes e fracos e poder trabalhar com vista a desenvolver a modalidade. E esta paragem vai inferir na performance de Moçambique no torneio de qualificação para o Campeonato Africano, marcado para este ano”, Natália Intengo, bicampeã nacional e da Zona VI pela Académica.