É inegável que Eusébio da Silva Ferreira, o “Pantera Negra”, é filho da Mafalala, é filho dos subúrbios de Maputo, é filho de Moçambique! Foi lhe recusado o desejo e o sonho de jogar no clube do seu coração, o Desportivo de Maputo, mas Eusébio não desesperou e tentou a sorte no Sporting de Lourenço Marques (actual Clube e Desportos da Maxaquene), então filial do emblema leonino em Portugal.
Foi no Maxaquene que o talento de Eusébio fez estremecer a então metrópole (Portugal) e todos o queriam ter, mas foi o Benfica quem triunfou… É no Maxaquene que Eusébio conquistou os primeiros troféus da sua carreira: Campeonato Distrital de Lourenço Marques e Campeonato Provincial de Moçambique.
Bom, seria injusto escamotear a história, mas o facto é que Eusébio é do Maxaquene, o clube que no último sábado completou 103 anos de existência em meio a um turbilhão de problemas. “Quo vadis”, Maxaquene?, é a questão que não quer calar face a esta longevidade caracterizada por uma crise existencial perturbadora.