Se tudo dependesse do seu talento, Patrício teria extravasado o brilho do seu futebol para paragens outras. Depois do Desportivo, teria brilhado no Jomo Cosmos da África do Sul, ou no Budapeste Honvéd FC, clube do lendário goleador Ferenc Puskas, simplesmente o maior futebolista da Hungria e também um dos melhores do mundo de todos os tempos. Mas outros factores, sobretudo a malapata das lesões, contribuíram para que este fogoso ponta-de-lança passasse ao lado duma grande carreira.
Vamos à história de Patrício, que se projecta no Desportivo – onde ganha o título nacional em 1995 – passa pelo Ferroviário, Costa do Sol, Chingale de Tete, Matchedje, Liga Muçulmana, Atlético Muçulmano e termina no Desportivo. Lembre-se que também envergou o jersey da Selecção Nacional. Começando pelos Sub-17, ganhou tarimba nos Sub-20 e em 1998 Arnaldo Salvado deu-lhe oportunidade de se estrear num 2-1 a nosso desfavor, diante da Namíbia, em Windhoek.