Miguel da Costa Xavier Júnior é um ícone do Textáfrica de Chimoio. E da nação. Um autêntico badalo. Em campo sempre fazia soar o sino. Com estridência. Apesar da sua estatura baixa, este fogoso atacante saltava como ninguém, o que lhe valeu a alcunha de “Air Miguel”. Marcava golos de execuções incríveis. Até do meio-campo tem registo de três golos, por clubes e pela Selecção Nacional.
Mesmo fora de acção há 33 anos, continua um badalo. Os “mastodontes” são assim mesmo. Imponentes na presença e na ausência. Por isso recuámos um bom pedaço de tempo, lembrámo-nos de Miguel e decidimos trazer a sua história e da sua carreira, limitada por lesões atrás de lesões.
A mazela mais grave ocorreu no Zaire, em 1981, num jogo da selecção. Ficou um ano inactivo e em 1983 foi operado pelo famoso Dr. Espregueira Mendes no Centro de Estágio do FC Porto, em Portugal. Se não fosse a falta do aval do Eng. Magalhães, dirigente fabril que o levou para Portugal, Pedroto teria ficado com Miguel, pois depois de um mês de recuperação teve treinos “incandescentes”.
Vamos, sem mais delongas, à história de “Air Miguel”.