Obviamente que o nosso personagem de hoje não tem nada a ver com o Napoleão Bonaparte, imperador francês. Mas tem algo em comum: liderança! O francês liderou várias campanhas militares e o nosso liderou a baliza do Ferroviário de Lourenço Marques, ganhando o primeiro Moçambola em 1974.
Transitou como líder da baliza, já com a designação de Ferroviário de Maputo. Enfrentou solavancos, numa longa travessia do deserto que durou oito anos. Apenas em 1982 conseguiu levantar o troféu maior do futebol moçambicano, graças à monstruosidade sagrada de Mário Esteves Coluna.
Depois de 40 anos de “locomotiva” ao peito, Napoleão, já em finais de carreira, ainda passou pelo Ferroviário da Beira. Fez uma época e veio terminar a carreira em 1984, onde tudo começou: Maputo. Disse basta pouco depois da homenagem que o seu clube de sempre lhe rendeu, conjuntamente com o capitão JJ (Joaquim João).
Então vamos à história deste valioso goalkeeper, ícone incontornável do Ferroviário, que enfrentou a concorrência de Carlos Bruheim, Cachaça e Brassard. Mais tarde rivalizou com Rafael e outros bons guarda-redes que foram aparecendo, nomeadamente Isaías, Didiça e Manuel Nascimento.