Costuma se dizer que o futebol é o ópio do povo. E é verdade! Num país com gritantes desigualdades sociais, os adeptos usam o desporto-rei como escape para as frustrações do dia-a-dia, numa amálgama em que são obrigados a gerir alegrias, tensões, gargalhadas, raiva, tristeza, entre outros que alimentam este jogo de fortes emoções.
O país sempre teve adeptos fervorosos, mas de há uns anos a esta parte o sexo feminino reforçou o clube dos doentes de futebol com duas caras. Trata-se de Fazila Fernando (mais conhecida por Miss Fofinha) e Olinda Filipe Cossa (Miss Fofa no vulgo), por sinal mãe e filha, respectivamente, ambas adeptas ferrenhas do Ferroviário de Maputo.
Não medem esforço quando se trata de acompanhar e apoiar o seu clube, integradas na Vataxanisseka (vão sofrer), a claque oficial do Ferroviário. Elas apoiam moral e materialmente, nem que isso signifique tirar o pouco que têm para alimentarem o ego de adeptas devotas, obcecadas em ver os seus ídolos felizes e dispostos a “comerem” a relva pelo clube.
