Foi sempre rotulada como província esquecida no tempo e no espaço. Tal atributo talvez resulte do facto das dificuldades acentuadas com que a província se depara, sobretudo das vias de acesso. Mas, também, por outros factores que não são chamados ao acaso.
Do Lago Niassa às várias potencialidades naturais de que a província dispõe, Niassa é um local ímpar e com muito por se explorar nas infindáveis atracções que exibem Moçambique aos olhos de África e do mundo.
Quando, em 1992, Santos Calisto e um grupo de amigos fundaram o agrupamento musical “Massukus”, em Lichinga, a capital do Niassa, foi mais uma oportunidade para a província fazer-se conhecer ao mundo, a sua riqueza cultural e não só, algo que contribuiu para a desmitificação dos estereótipos criados à volta desta província e do seu povo. Paradoxalmente, Niassa passou a ser cantada e conhecida por muitos como um local afável e acolhedor em contraste com a imagem de esquecimento. Cantavam os “Massukus”: