Por Almiro Santos, em Abidjan
A Costa do Marfim está a apostar tudo no futebol como reconstrutor de empatias, mas sobretudo como factor mobilizador da grande nação costa-marfinense, contundida por duas guerras civis que deixaram indeléveis marcas no tecido social do país que é o maior produtor de cacau do mundo.
François Amichia é um dos muitos costa-marfinenses que viveram os momentos truculentos que assolaram o país. Indicado para presidir o comité organizador, o antigo ministro dos Desportos da Costa do Marfim e actual deputado da Assembleia Nacional sabe, mais do que muitos, a importância deste CAN para o país do cacau.
Quando lhe perguntam como espera a Costa do Marfim fazer o retorno dos mais de mil milhões de dólares investidos em estádios, aeroportos, estradas e pontes, Amichia não hesita nem um segundo para responder: