De baixa estatura, porém genial, é unanimemente considerada a melhor basquetebolista moçambicana de todos os tempos. Tirava sono a qualquer equipa adversária. Poço de forças sem paralelo, ela era uma exímia “playmaker” que não sabia jogar mal. Tinha uma estarrecedora sede de ganhar, mesmo que fosse a… feijões. A seriedade com que disputava cada lance era assustadora.
Esperança Sambo era tudo isso que supracitámos. Mas vale acrescentar que a sua pujança física, técnica, velocidade, leitura de jogo e capacidade de liderança completavam o resto. Enfim, ela era o ponto a partir do qual gravitava a variação do jogo do seu Maxaquene e da Selecção Nacional, seus pontos mais altos. E, de bacela, até era uma boa atiradora da linha dos 6,25 metros.
Enquanto Deus quis e os homens permitiram, espalhou charme e raça de forma ímpar nos pavilhões, em duros e intensos 15 anos. Conquistou 11 campeonatos nacionais – dois pelo Estrela Vermelha, um pelo Costa do Sol e oito ao serviço do Clube de Desportos da Maxaquene. E para dar mais intensidade ao brilho do seu legado, conquistou dois títulos africanos. Foi medalha de ouro nos Jogos Pan-africanos do Cairo, em Outubro de 1991, e, mais tarde, na Taça dos Clubes Campeões Africanos, em Novembro do mesmo ano, pelo Maxaquene.