O Ferroviário de Maputo está num dilema neste início de temporada. Quando optou por não renovar com João Chissano e afastou igualmente os seus adjuntos, Carlos Baúte, Florêncio Tembe, contratados por tempo indeterminado, e Manuel Valoi, vinculado até ao final de 2025, ou seja, com contratos em dia, havia certeza que iria encontrar substitutos a altura e Danito Nhampossa foi a primeira escolha, juntando-se a Rodrigo Gulube, treinador de guarda-redes, estes dois técnicos com ligações anteriores ao clube, primeiro como atletas e depois por terem feito parte do quadro técnico.
No entanto, com a continuidade dos três técnicos referidos e manutenção do orçamento anterior, não foi encontrada uma forma de incluir novos elementos. Neste caso, a situação ficaria facilitada se Baúte, Valoi e Tembe fossem afastados do clube para haver cabimento orçamental para pagar novos técnicos e juntarem-se ao treinador-principal, o português Sérgio Boris Branco, e o seu adjunto, Frederico Boris Branco, por sinal seu filho.
A opção pelo técnico Victor Matine para adjunto de Boris veio à posterior, mas passou a prioritária, ficando Nhampossa para segunda opção. Mas contratar Matine, quadro da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), seria mais oneroso para o clube, ou seja, tudo voltou à “estaca zero”.
Neste momento, o Ferroviário de Maputo, além de Sérgio e Frederico, tem na sua equipa principal os técnicos Relvas e Magide, da equipa “B” e de juniores do clube, juntando-se a eles Samuel Chichava (Samito), treinador de guarda-redes, que vinha trabalhando nas camadas de formação, estando no lugar que era cogitado a Rodrigo Gulube.