Quando um cão morde um homem, isso não é notícia; mas quando um homem morde um cão, isso, sim, é notícia. Uma citação atribuída a Jesse Lynch Williams, jornalista, actor e dramaturgo americano e co-fundador do Princeton Alumni Weekly e o Princeton Triangle Club, que nos dias que correm continua sendo um exemplo clássico de como se redige uma notícia com substância.
É, também, verdade que a cartilha jornalística sugere que o jornalista não é notícia, ou seja, não é a notícia. Sim, concordamos com os ditames e reconhecemos que o papel do jornalista é fazer com que o órgão que ele representa cumpra o seu dever de informar o seu púbico-alvo.
Não obstante, quando um jornalista está na pele de um “broadcaster”, tal como foi o caso de João Chivale, jornalista da Televisão de Moçambique (TVM), que integrou uma vasta lista de profissionais destacados para trabalhar na 34ª edição do Campeonato Africano das Nações (CAN), que teve lugar na Costa do Marfim, a regra vira excepção. Sim, o interlocutor virou assunto principal, pois não são todos os dias que profissionais nacionais são convidados para integrar a estrutura organizativa da Confederação Africana de Futebol (CAF).
Chivale foi o único moçambicano, a par de Tico-Tico, a ser convidado para fazer parte da festa do futebol africano. Em 2022, Moçambique esteve representado por dois oficiais, Sténor Lucas Tomo, Chefe do Departamento de Estudos, Projectos, Marketing e Relações Públicas da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), que assumiu as funções de Oficial de Marketing, e Raimundo Zandamela, editor local na página oficial da CAF.