Reza a história bíblica que Davi (um homem de baixa estatura) derrotou o gigante Golias arremessando uma pedra que o acertou bem no meio da testa. Na tarde de ontem houve uma espécie de duelo entre Davi, neste caso, o Ntsondzo, e o gigante Ferroviário de Maputo. O resultado a zero bolas acabou sendo um prémio para a aguerrida formação, que pela primeira vez na sua história enfrentou um grande do futebol nacional.
Os “locomotivas” até tiveram uma entrada a todo “vapor” e logo na primeira jogada, aos quatro minutos, poderiam ter se adiantado no marcador. O remate de Shaquille, já dentro da grande área, parecia levar o selo de golo, mas o desvio “in-extremis” da defesa evitou o pior para o Ntsondzo.
O Ferroviário, na condição de favorito, queria resolver o jogo cedo. Imprimia muita dinâmica no ataque e numa jogada envolvente ficou muito perto de marcar, mas o remate de Victor saiu a roçar o poste. Nas bancadas, que tinha uma forte avalanche de apoio do Ntsondzo, eram os adeptos dos “verde-e-branco” que estavam mais animados, devido ao início fulgurante. Quando não conseguiam fazer jogadas combinadas, procuravam violar as redes à guarda de Quinho. Sumbane tentou fazer um golo candidato a prémio Puskas, mas mais uma vez a bola não levou o caminho da baliza. No entanto, ficou o registo de mais um lance, no qual os comandados de Sérgio Boris ficaram perto do golo.