O Maxaquene levou até à segunda série de grandes penalidades o sonho de vencer a Liga Jogabets na cidade de Maputo, alimentando, com uma boa organização defensiva e uma dose de ousadia ofensiva, a ilusão de um grande clube que está arredado do principal escalão futebol nacional, desde a despromoção em 2019.
Depois do brilharete que foi afastar, nas meias-finais, outro histórico, o Ferroviário de Maputo, no sábado, o Maxaquene mostrou que a sua presença na final não foi obra do acaso.
Durante os primeiros 30 minutos, os tricolores mostraram uma boa organização, actuando com uma defesa sólida, composta por Jemes e Fabry nos corredores direito e esquerdo, respectivamente e, ainda, Leandro e Gonçalves no centro.
Do meio campo para frente, os tricolores foram uma equipa que mais do que manter a estrutura sólida, foi igualmente combativa, incomodando, de quando em vez, o último reduto dos “touros”, que só aos 29 minutos fizeram o seu primeiro remate carregado de perigo. A meio do meio-campo ofensivo, o defesa Nené rematou forte, obrigadando o guarda-redes Chinde a uma defesa aparatosa, para frente, antes do alívio final.
O remate de Nené abriu espaço para maior assédio da ABB junto da baliza do Maxaquene, que fechou a primeira parte perto do golo.
Aos 33 minutos, o remate de Kadre só não deu em golo porque a bola foi devolvida pelo vértice superior esquerdo da baliza de Chinde. Depois, aos 44 minutos, na cobrança de um livre, o liberiano Stephen colocou a bola na pequena área para, com um golpe de cabeça, Nené ver o golo a uma distância de escassos centímetros do poste direito da baliza tricolor.