Morreu ontem o ex-guarda-redes do Ferroviário de Maputo e da Selecção Nacional, Carlos Bruheim, vítima de prolongada doença.
De 81 anos de idade que os completaria no dia 10 de Novembro próximo, o finado foi um dos emblemáticos guarda-redes que o país viu nascer. Dadas as suas defesas espectaculares e arrojadas, Bruheim foi apelidado de “Arranha Negra”.
Baixo em estatura, Bruheim compensava esse défice com a sua grande capacidade de impulsão e elasticidade, tendo conhecido a fama desde cedo nas peladinhas da Mafalala, mítico bairro de estrelas como Eusébio, Hilário da Conceição, Craveirinha e outras das arenas desportiva, cultural e política.
Entretanto, foi no Ferroviário que se afirmou entre os postes, a partir de meados dos anos 60, inspirando os mais novos, como Napoleão Tinga, que acabou sendo o seu substituto na primeira metade dos anos 70.
Refira-se que Bruheim foi várias vezes campeão pelo Ferroviário. Esteve no “tri” de 66, 67 e 68, bem como nos títulos de 1970 e 1972, tendo jogado, em épocas distintas, com craques como Nélson Mafambane, Abel Jambane, Quarentinha, Baltazar, Pimenta, Mombaça, Oliveira, Joaquim João, Teixeira, Ambasse, entre outros que escreveram e enriqueceram a historia “locomotiva”.
O funeral de Carlos Bruheim será anunciado oportunamente. À família enlutada, o jornal Desafio endereça as mais sentidas condolências.