A velejadora Deyse Nhaquile, uma das duas atletas apuradas para os Jogos Olímpicos, lamenta o facto de não estar a ter uma preparação na qual possa ter competições por forma a medir melhor a sua evolução.
“Esperava mais desta vez. Em 2021 quando fui aos Jogos de Tóquio percebia-se que não tivesse tido aquela preparação e rendimento devido às restrições impostas pela Covid-19. Eu mesmo fui afectada pela pandemia, baixei o peso e não pude estar à altura, e desta vez, com essa situação ultrapassada, queria que fosse diferente. Que pudesse ter competições fora do país ou em praia, onde pudesse encontrar ondas semelhantes das que irei encontrar na França e aqui (Moçambique) tem as praias da ponta de ouro, da macaneta e ainda em Inhambane, isto para falar das mais próximas da capital. Para mim estes é como se fossem os primeiros Jogos, pois queria provar que tenho valor, talento e posso fazer melhor do que em Tóquio, mas infelizmente parece que a maior preocupação está em colocar atletas nos Jogos Olímpicos. Ainda temos três meses até aos Jogos Olímpicos, portanto, ainda há tempo para se fazer alguma coisa. Neste momento só temos duas atletas qualificadas e é preciso apostar mais a sério”, desabafou , ajuntando que as suas adversárias estão a preparar-se competindo, tendo já participado no mínimo em dez competições.