Enfunados de orgulhos não ficaram apenas os sedentos moçambicanos e adeptos do Sporting com a recente conquista do emblema leonino no campeonato português, até porque os mais “ortodoxos” e obcecados apoiantes dos outros emblemas portugueses abdicaram por alguns momentos das suas paixões e inclinações clubísticas para apoiar e puxar pelo filho da casa: Geny Catamo! O rapaz oriundo do Bairro do Aeroporto, original KaThlavana.

E, não é para menos, afinal, a noite inesquecível de 6 de Abril de 2024, ficará eternamente gravada na memória colectiva dos moçambicanos em particular, depois dos dois golos apontados por Geny que deram vitória ao Sporting sobre o Benfica (2-1), no eterno clássico do futebol português. De resto, foram golos determinantes para a conquista deste título, diga-se.
Porém, como é sabido, para se chegar ao mel é preciso passar pelas abelhas e, por vezes, por uma legião de enxames. Geny não fugiu à regra. O jovem moçambicano é um exemplo perfeito de que o sucesso não vem ao acaso, mas é feito de fé, perseverança, disciplina, sacrifício e muito trabalho. Geny chegou, viu, lutou, trabalhou, sofreu e venceu.
Hoje, Geny faz parte da selecta e distinta lista dos 13 jogadores que saborearam o primeiro título de leão ao peito, como são os casos de Gyokeres, Hjulmand, Trincão, Morita, Fresneda, Esgaio, St. Juste, Diomande, Franco Israel, Marcus Edwards, Koindredi, Afonso Moreira, Mateus Fernandes e Rafael Pontelo. Já havia sentido o mesmo em 2021, mas não como este! Não seria justo não atribuir este sucesso a Ruben Amorim, que ousou apostar em jogadores como Geny Catamo. Tal aposta surgiu como resposta aos objectivos a alcançar na tão almejada procura pelo título. Para além de potenciar as novas jóias, Amorim explorou as potencialidades destes jogadores e os valorizou.