A União Desportiva de Songo, que se deslocava, ontem, à cidade de Nampula, para defrontar o Ferroviário local, no âmbito do Moçambola, ficou privada no Aeroporto Internacional de Nacala devido a uma avaria grossa do avião das Linhas Aéreas de Moçambique no qual se faziam transportar.
Informações em nosso poder indicam que a viagem estava marcada para às 17 horas a partir da cidade de Maputo, mas só às 23 horas é que saiu com destino a Nampula. A tripulação não pousou o avião, alegando dificuldades de visibilidade da pista.
Optou por continuar a viagem para aterrar em Nacala, o que veio acontecer por volta das três horas de madrugada. O vice-presidente da União Desportiva de Songo, Viseu Durão, disse que, na altura, os passageiros foram informados que decorriam diligências para disponibilizar um hotel no sentido de proporcionar um merecido descanso.
Durão fez saber que essa promessa não chegou de acontecer. O pior é que os gestores das Linhas Aéreas de Moçambique nunca se dignaram em esclarecer o que estava a acontecer. Aliás, só as 09 horas desta sexta-feira é que aterrou uma outra aeronave trazendo dois mecânicos.
A partir dessa altura os passageiros ficaram a saber que o avião apresenta problemas mecânicos e o problema está longe de ser resolvido. A Reportagem do Notícias apurou que a empresa LAM precisava trazer uma peça de Maputo para solucionar o problema e só depois disso é que seria remarcada a hora para a viagem.
De acordo com Durão, a situação provocou desgaste físico dos atletas e da equipa. Porém, até a retirada da nossa equipa de Reportagem a direcção do clube estava a mobilizar meios alternativos para seguir a viagem por via terrestre. E grande parte de passageiros desistiu a viagem e seguiu por meios próprios e alugados.
O capitão da equipa, Sidique Mussagy, garantiu que a moral dos jogadores não estava afectada, pois a colectividade estava a vir de uma vitória caseira e pretendem repetir a proeza em Nampula.
Em relação a viagem desgastante, Sidique afirmou que trata-se de circunstâncias que caracterizam o dia-a-dia e há necessidade de os atletas estarem preparados para essas adversidades e outras que possam ocorrer durante o campeonato. Por isso, indicou que é importante manter o foco e lutar por um resultado positivo, respeitando o adversário que vai jogar no seu reduto.
O problema afectou mais de 200 passageiros que viajavam para vários fins. O exemplo é de Milton Tatia, médico do Hospital Central de Nampula, onde tem agendado uma cirurgia, mas não foi possível, deixando os pacientes à deriva.
Tatia lamenta o facto de permanecer longas horas retidos no Aeroporto Internacional de Nacala sem o direito de se alimentar e dormir para recuperar as energias.