Na passada quarta-feira, 19 de Junho, Feizal Sidat arrolou uma série de razões para justificar a possibilidade de não renovar o contrato com Chiquinho Conde, apesar de reconhecer que os resultados desportivos são francamente positivos.
De acordo com Sidat, Chiquinho Conde tem estado por detrás de uma série de actos que não propiciam um bom ambiente de trabalho, destacando os exemplos da proibição da entrada de Paito Mucuana, vice-presidente para as selecções nacionais, no autocarro e balneário dos “Mambas”.
Segundo Sidat, ele mesmo, enquanto presidente da FMF, não é permitido entrar no balneário dos “Mambas” antes do início dos jogos.
Os outros casos prendem-se com a falta ou má comunicação com o técnico, por vezes a exigir do presidente responsabilidades em questões cujas respostas cabiam no “team manager” ou qualquer outro dirigente de hierarquia inferior.
Todavia, ao que apurámos, nenhumas das razões atrás mencionadas e nem mesmo a falta de respeito a si, ao lhe exigir gelo para os atletas no final do jogo com o Malawi, constituem motivos de fundo para não mais querer renovar com Chiquinho Conde.
Ao que constatámos, “a gota que fez transbordar o copo de água” foi a recusa de Chiquinho Conde de fazer um jogo de controlo com a Costa do Marfim dias antes do início do CAN-2023, disputado precisamente naquele país.
– Alguém próximo do presidente da FMF fez um acordo com a Costa do Marfim para os “Mambas” jogarem lá antes do início do CAN. Com base nesse acordo, a FMF ia ganhar dinheiro. Só que eles (os dirigentes da FMF) fecharam esse acordo e até disseram a Costa do Marfim para anunciar a realização desse jogo sem antes terem comunicado e nem consultado o treinador. Quando Chiquinho Conde soube, negou fazer a partida. Disse que, nas datas previstas, no início de Janeiro, a equipa ainda não estaria em condições para defrontar um grande adversário – rematou a nossa fonte.
