Uma alegada grande penalidade não assinalada por Guilherme Malagueta, aos 90+3 minutos, levou à fúria dos adeptos do Textáfrica que invadiram o rectângulo do jogo, impedindo, inclusive, a realização normal do nosso trabalho.
Depois de a tentativa de amainar os ânimos não ter resultado, a Polícia da República de Moçambique (PRM) recorreu ao disparo de gás lacrimogêneo para conter os distúrbios no fim da partida e com isso o caos se instalou, com todos a correrem em debandada à procura de uma forma de se salvar.
Na sequência, alguns inocentes, incluindo jornalistas, saíram feridos.
O jogo terminou por volta das 16h25 min, mas os adeptos da equipa da casa não arredaram o pé até por volta das 18h00, momento em que a nossa equipa de Reportagem conseguiu, finalmente, sair da Soalpo. E ainda sabotaram (esvaziaram os pneus e destruíram alguns faróis) a viatura que transportava a equipa de arbitragem proveniente da província de Sofala.
O gás lacrimogéneo, cujo primeiro disparo ocorreu por volta das 16h25 min, voltou a ser disparado depois das 18h30 min quando os adeptos ainda enfurecidos lançaram pedras contra a viatura da PRM que escoltava a equipa chefiada por Guilherme Malagueta, que procurava formas de chegar à Estrada Nacional N.o 6, para iniciar a viagem de regresso à cidade da Beira.
E a equipa da Black Bulls, que era igualmente ameaçada, recorreu à saída alternativa para sair do campo. Um dia triste para o futebol e certamente vai ter mão pesada da Liga Moçambicana de Futebol.