Ainda nos ribombam as excepcionais actuações de Carla Silva, atleta rápida que nasceu como base no Desportivo de Maputo, mas transformou-se numa demolidora extremo. Era uma maravilha vê-la a fazer a posição número dois como poucas, com lançamentos quase infalíveis, triplos de permeio.
Nasceu “alvi-negra”, é verdade, mas foi no Maxaquene onde se mostrou o seu melhor, conquistando os dois únicos campeonatos nacionais da carreira, em 2003 e 2004, tendo, após isso, tido passagens pela A Politécnica e, finalmente, Ferroviário de Maputo, clube que deixa em 2010.
A sua carreira termina na Selecção Nacional, num jogo contra a Nigéria, para a atribuição da medalha de bronze, ganho pelas visitantes, por 69-72. Carla ainda tentou ajudar a selecção a virar a história do jogo, com um triplo (sua marca) a 18 segundo do fim, mas as nigerianas conseguiram mais dois pontos e ficaram com o bronze.
A guerreira terminava, desse modo, uma carreira de cerca de 20 anos. A Federação Moçambicana de Basquetebol não ficou alheia aos feitos da atleta, homenageando-a há oito anos atrás como uma das atletas que se destacaram desde a Independência Nacional.
Hoje em dia, longe dos pavilhões, Carla Silva cuida, a tempo pleno, da sua profissão, ela que é formada e Informática de Gestão.