A Liga Moçambicana de Futebol (LMF) exige que os delegados dos jogos Textáfrica-Black Bulls e Baía-Fer. Nampula, realizados respectivamente nas cidades de Chimoio e Pemba, referentes à 10.º jornada do Moçambola, apresentem os relatórios detalhados dos eventos e das possíveis causas dos tumultos ocorridos após o término das partidas.
A LMF solicitou à Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF) a abertura de um inquérito que visa aferir o eventual grau de culpabilidade das decisões das equipas de arbitragens nos jogos em alusão, que possam ter influenciado nas reacções dos adeptos que se dirigiram aos dois campos.
A Liga Moçambicana de Futebol apelou ainda à Polícia da República de Moçambique (PRM) ao não uso de meios que possam causar danos humanos ou patrimoniais avultados.
O órgão responsável pela organização do Campeonato Nacional manifesta solidariedade com todas as vítimas dos incidentes nas cidades de Chimoio e Pemba e promete pronunciar-se nas próximas horas, após a sessão ordinária da Direcção Executiva realizada ontem, segunda-feira, que tinha como agenda principal analisar os incidentes ocorridos nos dois recintos desportivos no fim-de-semana.
Na cidade de Chimoio, uma alegada grande penalidade não assinalada por Guilherme Malagueta, juiz daquela partida, aos 90+3 minutos, levou à fúria dos adeptos do Textáfrica que invadiram o rectângulo do jogo.
Depois de tentativa de amainar os ânimos não ter resultado, a PRM recorreu ao disparo de gás lacrimogéneo para conter distúrbios no fim da partida e com isso o caos instalou-se com todos a correr em debandada à procura de uma forma de se salvar.
Na sequência, alguns inocentes, incluindo jornalistas, saíram feridos.
Em Pemba, os adeptos do Baía, na partida frente ao Ferroviário de Nampula (1-1), protestaram o trabalho de arbitragem, alegando que, na parte final do jogo, Gulamo foi travado à margem das leis na área de Xavito. No entanto, os “locomotivas” também disseram que Belito sofreu falta, antes, na área contrária.
