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Clássica foto de Matateu, em grande estilo. O instantâneo foi da autoria do falecido Vasco Oliveira
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PÉ DE CHUMBO FEZ DE MATATEU A OITAVA MARAVILHA DO MUNDO

Sebastião Lucas da Fonseca, moçambicano que se celebrizou no futebol com o nome de Matateu, nasceu a 26 de Julho de 1927 e deixou o mundo dos vivos no dia 27 de Janeiro de 2000, a caminho dos 73 anos, no Canadá. Se fosse vivo, a Oitava Maravilha do Mundo, como os ingleses o apelidaram, teria celebrado 97 anos na passada sexta-feira. 

Rostos & Rastos recorreu a vários registos da época para compor esta singela homenagem, por mais que não seja para celebrar a data de nascimento deste majestoso senhor da bola, ele que fez a sua carreira em Portugal, mormente no Belenenses, clube ao qual se junta no longínquo ano de 1951.

Ao tempo, Matateu vivia com a sua irmã mais velha, Albertina (Nyembeti), numa modesta casa de madeira e zinco, no bairro de Minkadjuine, na zona do “nstiveni”, paredes meias com o campo do Mahafil. Perdeu a sumptuosidade de outrora. Está degradada, mas de pé. Leva alvenaria na parte frontal, sendo que o resto mantém o material original.

Importa referir que em reconhecimento ao estatuto que o futebol conferiu a Sebastião Lucas da Fonseca, o Governo moçambicano decidiu designar Rua do Matateu ao troço que passa ao lado do Campo do Mahafil, ligando a Rua Irmãos Rubi à Avenida de Angola.

Juntamente com Vicente, seu irmão mais novo, Matateu integra um grupo de moçambicanos que brilharam em clubes portugueses e na selecção de Portugal, dentre eles Mário Coluna, Eusébio, Costa Pereira, Hilário, Juca, Augusto Matine, Pedro e Carlos Xavier (gémeos), só para citar alguns exemplos.

TERCEIRO FILHO DO SR. MATAMBO

Filho de Lucas Matambo e Margarida Heliodoro, Matateu recebeu essa alcunha ainda criança. A origem não é muito clara, mas a versão que mais circula indica que a mesma vem de “tateu”, que significa crosta numa das línguas do Sul. E como o jogador gostava de arrancar crostas da sua pele, ficou Matateu.

É uma hipótese admissível. Tratando-se de um nome com génese no bantu, provavelmente antes do “tateu” acrescentou-se o termo “Ma”, usado nas línguas bantu para formar plurais sempre no início, e nunca no fim, como ocorre na língua portuguesa.

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