A PUGILISTA Alcinda dos Santos, exibindo toda a sua feminidade com um batom vermelho, disse ontem que “aqui ninguém é melhor do que ninguém”, quando respondia aos jornalistas moçambicanos que, a título excepcional, estiveram no interior da vila olímpica, em Saint Dennis, e dela quiseram colher o seu sentimento sobre o combate de hoje à noite.
Alcinda vai defrontar, nestes oitavos-de-final dos 66Kg, a sua nova categoria, a chinesa Liu Yang, de 32 anos, na Arena Norte de Paris, onde no domingo passado “castigou” a eslovaca Jessica Triebelova, arrancando uma pontuação de 5-0 dos juízes, dois europeus, dois africanos e um sul-americano.
Para o combate desta noite, que deve acontecer perto das 22.00 horas, em Paris e Maputo, Alcinda garantiu que a preparação está a ser boa, até porque, como fez questão de realçar, o treinador “está a rectificar alguns erros que cometi no jogo passado, de forma a alcançar os meus objectivos na próxima luta”.
Na opinião de Alcinda, Jessica e Liu são de estatura média, a mesma que a sua, por isso acha que “tenho que fazer a mesma coisa que fiz na luta passada”, embora reconheça que nunca tenha combatido com a sua adversária de hoje, apesar de já a ter visto a jogar. “Acho que conseguimos chegar lá”, sentenciou, confiante.
E “chegar lá” significa, para Alcinda, vencer a chinesa Liu Yang, que chega à Arena Norte de Paris com uma medalha de ouro conquistada nos Campeonatos do Mundo de Boxe Amador realizados no ano passado em Nova Deli, capital da Índia, mas boicotados pela Irlanda, Estados Unidos, Grã-Bretanha, República Checa, Canadá, Holanda, Suécia e Noruega, devido à participação de pugilistas da Rússia e Bielo-Rússia.
