Os últimos resultados vão disfarçandoa “poeira prostrada” debaixo do tapete na casa da família “locomotiva”.Entretanto, quem acompanha a par e passo o seu quotidiano percebe que o“centenário” está inferiorizado, receando-se que enfrente imensas dificuldades no que resta da temporada, por não terem sido criadas as opções condizentes às necessidades de um clube da sua galáxia.
Pelos corredores da casa “locomotiva” lamenta-se o facto de a equipa principal não ter-se reforçado no mercado de transferências a meio da temporada, acção julgada propositada.
O único jogador de peso recebido nesse período foi Shelton Dava, um extremo que tinha sido emprestado ao Desportivo de Nacala, inscrevendo-seigualmente Max Kapenda (um júnior, irmão do avançado Mário) e Nilton, duas unidades da equipa “B”.
Estranhamente, negligenciou-se a possibilidade de contratação de Elias Macamo, melhor marcador do Moçambola, porque as pessoas ligadas ao futebol não quiseram “mover uma palha”, não obstante o vínculo com o Nacala prever que em caso de manifestada a vontade de rescisão por uma das partes bastaria o pagamento de apenas um salário para a quebra da relação.
Depois do fecho das inscrições a meio da época, o plantel, lembre-se, ficou“amputado” devido à contratação de Shaquille Nangy pelo Sagrada Esperança, da I Divisão do Campeonato de Angola, deixando à disposição de Carlos Manuel (Caló),além dos antes referidos, José Guirrugo, Manuel Tivane, Sulemane (guarda-redes), Nelson Manuel, Bororo, Jeitoso, Huga, Denny Mamboia, Tununu, Chaguala (defesas), Ezequiel, Abbas Abofah, Yude, Fred, Celso, Victor Malino, António Sumbana, Amâncio Canhembe “Neymar” (médios), Raymond Muragi, Mário e Lesli Rifel (avançados). Recorde-se que deixaram o clube no final da época passada Armando Doutor, Miter, Chiza, Pauluana, Neldinho, Kito, Cardoso, Maxwell, Raúl, Beto Maravilha, Fortinho, Nelson Nota, Xirasse, entre outros.
Note-se que dos jogadores contratados para a presente época, à excepção de Guirrugo, Neymar, António Sumbana e Rifel, os restantes têm sido uma autêntica nulidade.
Sobre a constituição do plantel, a priori, o Ferroviário de Maputo dava a entender que estava a formá-lo sem grandes contratações porque o orçamento era baixo. Desengane-se. Na verdade, o plantel actual tem jogadores auferindo salários acima dos 100 mil meticais. Há igualmente situação de jogadores cuja remuneração é igual ou superior aos 80 mil meticais por mês e poucos recebem salários abaixo dos 50 mil meticais, o que vale dizer que a folha salarial é igual ou superior a dealguns candidatos ao título.