Almiro Santos, em Paris
As medalhas de ouro das pugilistas argelina, Imane Khelif, e taiwanesa, LinYu-ting, estão envoltas numa polémica acirrada, havendo aqueles que defendem a ideia bizarra de que ambas são homens disfarçados de mulheres, que foram a Paris espancar, impunemente, as imaculadas donzelas inscritas para o torneio olímpico feminino de boxe, nas suas mais variadas categorias.
Não obstante a oposição da IBA, o organismo que gere o boxe mundial e que, inclusivamente, as desqualificou nos “Mundiais” de boxe realizados no ano passado, em Nova Deli, o Comité Olímpico Internacional manteve-se firme na convicção de que as provas apresentadas para a pretensa “inelegibilidade” não eram conclusivas, ou seja, a IBA dizia que tinha dúvidas de que tanto Imane, quanto Lin eram mulheres, e o COI, por uma razão qualquer, achava que eram.
Resultado, Lin Yu-ting venceu a polaca Julia Szeremeta e Imane Khelif a chinesa Liu Yang, aquela criatura de olhos em bico que afastou a nossa Alcinda dos Santos do primeiro ouro olímpico de boxe para Moçambique.
Bem feito para a chinesa, quem a manda andar à porrada com homens disfarçados de mulheres?