ALMIRO SANTOS, em Paris
Ali em Saint Denis, onde um jovem moçambicano de 18 anos ensaiou uma partida falsa na prova dos 100 metros, a mesma que já foi de Carl Lewis, o ídolo de Steven Sabino, os africanos resolveram montar uma grandiosa estação e mostrar ao mundo que África ainda está viva, ao contrário do que parecia no início destes Jogos Olímpicos de Paris.
A verdade é que esta estação já existia bem antes de os franceses nos proporcionarem aquele cabaré flutuante, na impressionante cerimónia de abertura no rio Sena. Este projecto ambicioso, situado a dois passos do Stade de France, acabou por se tornar num ponto de encontro e de festa africana, que ali celebraram o desporto, a cultura, mas sobretudo a diversidade.
Baptizado pelos seus criativos como “Africa Station”, até para integrar não apenas a francofonia, mas igualmente a anglofonia na diáspora parisiense, o espaço tornou-se vivo e animado, era como se os jogos fossem outros, mas a verdade é que dali se assistia à entrega de medalhas aos campeões que se consagravam nos Jogos Olímpicos de Paris. A diferença é que estavam ali mesmo ao lado do Stade de France e podiam aplaudir os seus ídolos africanos, independentemente do país.Vamos escolher alguns…