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EDITORIAL

MEMÓRIA CURTA

O basquetebol volta a mergulhar na mendicidade, como acontece de tempos a tempos, se nos quisermos dar à maçada de recordar Bulawaio e Kigali, até esta semana os mais abusivos sinais de decadência na modalidade.

Desta vez foi obsceno. Sórdido, mesmo.

Levar uma selecção nacional feminina de basquetebol – até poderia ser de n’txuva – para o aeroporto sem as passagens emitidas, foi do mais devasso que esta federação poderia ter feito, mesmo que não sendo ela a entidade responsável pela compra dos bilhetes de viagem para o México. Paulo Mazivila (deve ter sido o desespero) fica com a meia-culpa.

A outra metade desta indesculpável heresia deve ser atribuída a quem tinha por imperativo mandar emitir passagens para uma selecção que nos cala fundo, por todas as razões mais o facto de o basquetebol feminino já ter estado num campeonato do Mundo, mais concretamente no da Turquia, em 2014.

Este não é o tempo de puxar os liames do poder em função das facções ou grupos que representamos – ou que não repre-sentamos, ou que não gostamos -, é tempo de olhar para o desporto também como o repositório da história e dos legados que nos orgulham como país.

Ankara-2014 e todas as outras Ankaras do nosso Despor-to não são para serem esquecidas. São para serem recordadas com carinho, com doçura e delicadeza.

Sobretudo quando é para se mandar emitir passagens aé-reas!

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