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KHADRE ALIMENTA SONHO DA FASE DE GRUPOS

Foi preciso saber esperar por longos 55 minutos para a Black Bulls acabar com a arrogância e cinismo congolês no Tchumene.

O minuto 55 acaba sendo o grande momento do jogo de sábado, quando Khadre garantiu a vantagem mínima que os “touros” levam para a capital da República do Congo, Brazzaville, onde vai decorrer a partida que decidirá a eliminatória, que a estas alturas está em aberto.

Como havia avisado o treinador da Black Bulls, o jogo seria de alto grau de dificuldade, e o Otohô entrou com a lição bem estudada, procurando anular os pontos fortes dos “touros”, que é a posse,  largura e fluidez do jogo. Para tal tiveram de fazer marcações por perto a Khadre e outros criativos como Stephen ou Hammed, diminuindo, desta forma, o poder de fogo da equipa do Tchumene, que também sentia algumas dificuldades no jogo físico, não fossem os congoleses bem avantajados nesse aspecto.

Mesmo assim, a Black Bulls, sustentado pelo habitual 3-4-3 ofensivo, no qual os laterais (Melque e Danilo) apareciam mais soltos do que os companheiros das zonas interiores, entrou com as atenções viradas para a baliza de Mavoungou, que nos primeiros 15 minutos sofreu vários raides, mas sem que nenhum atingisse o alvo desejado.

Passavam 11 minutos quando Hammed descobriu Chamito entre vários defesas congoleses, com o internacional moçambicano, de cabeça, a antecipar-se ao guardião do Otohô, mas a falhar milimetricamente o alvo. Apesar do cinismo congolês, os “touros” conseguiam manter o pé no acelerador, faltando-lhes o discernimento no último terço do terreno ou na finalização, sobretudo pelo infeliz Hammed.

Aos 21 minutos, em transição rápida, após um ataque com perigo por parte do Otohô, Khadre, lançado por Stephen, fez centro desde a direita para Hammed que, após contornar um adversário, encheu o pé para uma boa defesa de Mavoungou. Hammed voltou a ser infeliz aos 26 minutos, quando à entrada da área rematou torto para fora, instantes antes, após ser importunado por Chamito, que não percebeu que não era o destinatário de um passe bem tirado por Melque desde a direita. Pelo meio, os congoleses, em 3-4-3 que alternava com 3-5-1 ou 4-5-1, dependendo do comportamento da ABB, conseguiam espaços para jogar de igual para igual, tendo ameaçado por duas ocasiões, com destaque para tiro com selo de golo de Baze (12 min) desviado por Chamboco para canto.

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