Foi exclusivamente com hoquistas nascidos e formados em Moçambique, algo que não acontecia desde o “Mundial” de Macau-1998, ano da estreia dos luso-moçambicanos com a chamada do guarda-redes Nuno Adrião, que a Selecção Nacional se apresentou na pequena comuna de Novara, localizada na região de Turim, Itália.

A “prata da casa” bateu-se com as “armas” que tinha. Em termos de qualidade de hóquei exibido, não ficou em nada a dever a nenhuma das selecções com quem mediu forças, mas a vontade e coragem de se bater olho no olho com adversários mais experientes acabaram sendo anuladas pela falta de experiência e eficácia, aspectos que adiaram a subida da equipa nacional da Taça Challenger para a Intercontinental.
À prior, face às ausências dos luso-moçambicanos Marinho, Tiago Matias, Gustavo Carvalho, por falta de documentação, e de Filipe Nabais, por impedimento do próprio clube, já se sabia que a tarefa dos hoquistas que saíram de Maputo e dos que “emigraram” para as terras lusas, saídos da capital do país, não seria fácil.
Antevendo sérias dificuldades, o seleccionador nacional, Bruno Pimentel, não atirando a “toalha ao chão”, já tinha deixado transparecer que com este conjunto de elevado valor, mas inexperiente, iria procurar conquistar o título, sem entrar em falsas promessas, pois sabia das dificuldades que iria encontrar. Foi o que se viu! O arranque foi promissor. Duas vitórias, ante o México (5-3) e Japão (7-2), mas depois veio a confirmação do que mais se temia. Uruguai e Israel, selecções de outro quilate – diga-se de passagem, não muito superior que os jovens rapazes da equipa nacional – valeram-se pela experiência, factor importante para que não tremessem à frente da baliza.
Desaires diante dos uruguaios (5-3) e israelitas (6-4) acabaram com o “sonho” de terminar em primeiro lugar no Grupo “A” e assim subir à Taça Intercontinental.