O Clube de Desportos da Maxaquene já reagiu à notificação da Comissão de Licenciamento de Clubes (CLC), na qual faz referência à existência de avultadas dívidas da colectividade, queixando-se de tratamento desigual na validação do licenciamento com outros clubes, em condições semelhantes ou até mais gravosas, mas que não foram excluídos do processo.
A direcção “tricolor” disse que a CLC não especifica de forma clara as referidas dívidas, nomeadamente a sua origem ou o período a que se referem, questionando se as mesmas estão relacionadas com antigos praticantes, muitos dos quais inactivos, ou actualmente a trabalhar em outros clubes, sendo que se referindo a essas, estão prescritas, e por isso, não deveriam ser consideradas para o efeito da exclusão do clube, por não dizerem respeito a cidadãos com um vínculo com os “tricolores”, além de que não está em curso qualquer processo judicial sobre nenhuma dívida.
Nas suas alegações, os “tricolores” referem que a Associação de Futebol da Cidade de Maputo (AFCM), no dia 5 de Setembro, confirmou o cumprimento das obrigações financeiras do seu filiado, exceptuando o salário do mês em curso, que ficou regularizado a 9 de Setembro, uma carta que constitui prova documental incontestável e que devia ser considerada como idónea pela CLC.
Mais adiante, o Maxaquene faz saber que cumpre integralmente com os requisitos desportivos exigidos, como a manutenção das suas camadas de formação em actividade, facto que muitos clubes licenciados não o fazem, assim como a realização de assembleias-gerais regulares. Aliás, o Maxaquene denuncia a existência de alguns clubes que apresentaram documentos falsos para o processo de licenciamento, o que considera matéria criminal.