O Baía de Pemba vive os piores momentos da sua história, num período igualmente delicado da temporada. Em causa estão as dívidas com os jogadores, treinadores e pessoal de apoio. Este ano, o Baía pagou apenas três salários.
Este caso teve intervenção da Comissão de Licenciamento, que através do Órgão de Primeira Instância da Comissão de Licenciamento de Clubes retirou a licença ao Baía de Pemba, decisão a que o representante de Cabo Delgado recorreu, solicitando ao Órgão de Apelo a concessão de mais dias para a resolução do problema, facto que não ocorreu até o momento.
No entanto, tal como aconteceu com o Matchedje de Maputo no ano passado, que competiu nas últimas jornadas do Moçambola sem a licença, não se espera por nenhuma sanção aos prevaricadores (Baía de Pemba e Textáfrica) da presente temporada. Aliás, os “militares”, este ano na “segundona”, inscreveram jogadores porque a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) não quis fazer valer os seus próprios regulamentos.
EVIDÊNCIAS DE DESCALABRO DESDE O INÍCIO
Os sinais de descalabro foram evidentes desde o início da época. O Baía de Pemba abriu as oficinas quando faltavam menos de 30 dias para o arranque do Moçambola. Os jogadores foram oficializados, praticamente, na última semana das inscrições.
Refira-se que o Baía de Pemba perspectivou um 2024 melhor que o ano passado, quando terminou em sexto lugar com menos seis pontos que o campeão (Ferroviário da Beira). No entanto, não conseguiu construir um plantel com jogadores escrutinados, contratando os disponíveis.