Morreu Miguel da Costa Xavier, antigo futebolista do Textáfrica do Chimoio e da Selecção Nacional de futebol, por doença, aos 69 anos de idade.
Nascido em Tete, assim como Boror e Djão, que também fizeram parte da equipa que sagrou-se campeão nacional pelos “fabris” do Planalto do Chimoio, na primeira prova após a independência, em 1976.
Miguel, ainda menor, viajou a Chimoio, juntamente com a sua família, uma vez que o seu pai era funcionário da empresa Textáfrica. A sua paixão pelo futebol fê-lo cedo juntar-se à formação dos “fabris”, de onde se projectou num dos atacantes mais temíveis que o país conheceu após a independência, justificando e bem a sua chegada à selecção nacional, nos primeiros anos, após a independência.
Em 1968, Miguel ascendeu aos juniores. Entretanto, nesse ano, o Textáfrica não se inscreveu no campeonato de juniores e um padre católico chamado Vicente organizou uma prova recreativa designada João XXIII, que era o nome do Papa, na altura.
Alguns jogadores que pertenciam o Textáfrica, tomaram rumos diferentes. Miguel juntou-se a uma equipa denominada Sporting Serrote, enquanto que o seu colega e amigo Ângelo Jerónimo foi para o Benfica de Mpulango.
Sebastião jogou pelo Rebenta Fogo, Mambo juntou-se ao Dínamos, que era uma réplica do Dynamo do Zimbabwe.
No regresso à competição federada, Miguel e os seus colegas integraram o clube do Chimoio, ascendendo aos seniores, formando uma equipa bastante forte, com a entrada de outros jogadores, como Zé Luís, por exemplo.
Depois de terminar a carreira, diga-se notável, Miguel abraçou a carreira de treinador no Textáfrica, treinando equipas da formação e a sénior, também.
No entanto, viria a afastar-se do futebol por diversos motivos e, mais tarde, a doença entrou em sua vida, contribuindo para que ele enfrentasse enormes dificuldades nos últimos tempos da sua vida até o seu último suspiro.
Miguel deixa viúva, duas filhas e netos. A redacção desportiva do Notícias endereça as mais sentidas condolências à família enlutada.