Com a integração, no treino de hoje, do quinteto que esteve ao serviço da Selecção Nacional, que na terça-feira confirmou a presença no CAN-2025, a Black Bulls passa a trabalhar na máxima força tendo em vista o duelo com o gigante egípcio Zamalek, pontuável para a primeira jornada do Grupo “D” da Taça CAF.
Trata-se do guarda-redes Ernani, dos defesas Martinho, Chamboco e Nené, bem como do extremo Melque, que se juntam ao grupo hoje, depois de terem chegado ontem a Maputo, vindos de Bissau, onde estiveram em mais um compromisso dos “Mambas”.
O duelo frente ao Zamalek está marcado para a próxima quarta-feira, às 21.00 hora, no Estádio Internacional do Cairo, com capacidade para 80 mil espectadores, um ambiente que se antevê bastante infernal.
O programa de preparação da “operação” Zamalek inclui seis sessões de treinos no Tchumene, sendo que hoje a partir das 9.00 horas cumpre-se a quarta. Pelo meio haverá uma interrupção para a viagem ao Cairo, marcada para domingo, com a chegada prevista para a madrugada de segunda-feira, após uma escala de pouco menos de duas horas em Addis-Abeba, capital da Etiópia.
Na capital faraónica estão previstas duas sessões de treinos, uma ao final do dia de segunda-feira para a descompressão após viagem e outra de adaptação ao relvado do estádio que vai acolher o jogo, já na terça-feira, às 21.00 horas.
O jogo marcará a estreia absoluta dos “touros” numa fase de grupos de uma competição, isto depois de não ter tido sucesso em 2022, quando tentaram acesso à Liga dos Campeões.
Será uma estreia bastante complicada para os recém-sagrados campeões nacionais, dado que irão jogar em casa do actual detentor do título, num ambiente bastante hostil.
Também para o Grupo “D”, na quarta-feira, às 18.00 horas, o Al Masry, igualmente do Egipto, recebe o Enyimba da Nigéria, em Port Said. Depois do Zamalek a Black Bulls terá dois jogos em casa, o primeiro com o Al Masry e o segundo com o Enyimba.
Para chegar à fase de grupos a Black Bulls afastou o Alizé Fort das Comores e o AS Otohô d’Oyo da República do Congo. Frente ao conjunto das Comores os “touros” passaram com um agregado de 11-0, o maior alguma vez conseguido por um clube moçambicano nas Afrotaças.
No entanto, diante dos congoleses o equilíbrio foi a nota dominante. O agregado foi de 2-2, com uma vitória (1-0) em casa e uma derrota (1-2) fora, tendo valido a regra de golo fora para a turma moçambicana.
A Black Bulls é a quarta equipa moçambicana na fase de grupos das Afrotaças este século, depois do Costa do Sol (2002), Ferroviário da Beira (2015), ambos na Liga dos Campeões, e União Desportiva do Songo (2018), este último para a Taça CAF.
Por chegar à fase de grupos da Taça CAF a Black Bulls garantiu um encaixe de 400 mil dólares, verba que pode subir para 550 mil em caso de passar para os quartos-de-final.