Só cabe nos melhores sonhos e, nos filmes, o roteiro seria premiado!
Dizer que o Ferroviário de Maputo sagrou-se, na tarde de sábado, vencedor da 44.ª edição da Taça de Moçambique, em futebol, não basta para descrever o quão na mesma época uma equipa foi capaz de viver o pior arranque de sempre no Moçambola de um clube que celebrava precisos 100 anos, mas ser capaz de terminar a temporada a sorrir, com a conquista da sétima taça na segunda maior prova do futebol moçambicano.
E esse é o resumo de um Ferroviário de Maputo que no Moçambola perdeu os três primeiros jogos diante do homónimo de Lichinga (2-1), Costa do Sol (0-1) e Baía de Pemba (1-0), trocou de treinador na sexta jornada, quando só tinha um ponto, terminou a primeira volta em último lugar com apenas sete pontos, empreendeu a maior recuperação de que há memória no nosso futebol e terminou o campeonato em quarto lugar com 29 pontos e por fim ganha a Taça de Moçambique.
E para que o cenário de um conto de fadas fosse perfeito, ainda é preciso assinalar que já na cidade de Nampula, sede da “Final Four”, foi submetido a dois prolongamentos e teve um dia a menos de descanso do que o seu adversário da final, a UD Songo. É que enquanto os “hidroeléctricos” jogaram na terça-feira diante do Costa do Sol (3-1), os “locomotivas” da capital do país enfrentaram no dia seguinte o homónimo da Beira (2-1).