A União Desportiva do Songo não conhece êxitos desportivos há mais de 600 dias. Perdeu os dois últimos campeonatos e as Taças de Moçambique dessas temporadas. Realçar que na segunda prova mais importante do país os “hidroeléctricos” foram duas vezes finalistas vencidos.
O retumbante fracasso suscita as mais diversas críticas à equipa do Songo por ostentar, sobretudo, um dos melhores arcaboiços financeiros do país futebolístico sem resultados vistosos nos dois últimos exercícios desportivos.
Não obstante os últimos registos negativos, importa lembrar que nos oito anos os “hidroeléctricos” transformaram-se numa das maiores forças do futebol nacional conquistando cinco títulos nacionais, entre eles três campeonatos (2017, 2018 e 2022) e duas taças de Moçambique (2019 e 2022), o que motiva a projecção de um grupo forte para atacar, também, as provas do continente africano.
Este percurso de grandeza foi também alimentado por ilusões, criadas pelos critérios da constituição dos grupo para fazer face aos seus objectivos. O facto de Cahora Bassa tornar-se num destino preferencial desportivo para qualquer profissional, sejam jogadores, treinadores e até gestores desportivo, criou pressão sobre os gestores “hidroeléctricos”, que nem sempre foram felizes nas contratações.
Neste momento de frustração, procura-se os culpados, sobretudo pela resposta negativa ao investimento suportado pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa e será sempre mais fácil apontar o dedo ao treinador e pouco provável pelas escolhas para a construção do plantel por parte dos gestores do mesmo.
