O Estadio Internacional do Cairo, no Egipto, será o palco alternativo para a Black Bulls receber o Zamalek, em partida da quinta jornada do Grupo “D” da Taça da Confederação Africana de Futebol (Taça CAF), marcada para 12 de Janeiro, caso o Estádio Nacional do Zimpeto (ENZ) seja definitivamente reprovado.
O plano dos “touros” é matar dois coelhos numa só cajadada, ou seja, depois do jogo com o Enyimba da Nigéria, da quarta jornada a 5 de Janeiro, querem se instalar no Egipto onde deverão cumprir as duas últimas jornadas, com o Zamalek (na condição de visitados) e com o Al-Masry, em Ismailia, como visitantes, na sexta e última jornada.
Este é um plano que só se efectivará caso a CAF reprove em definitivo o “Zimpeto” para competições internacionais. Neste momento, há um recurso da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) que pede ao organismo reitor do futebol africano para que autorize excepcionalmente a utilização do Estádio Nacional pelo menos para o jogo da Black Bulls frente ao Zamalek.
A par do recurso, há um trabalho que está a ser feito no ENZ com vista a melhorar o estado do relvado, o móbil da nova interdição ao recinto a 11 de Dezembro corrente.
Esse trabalho é levado a cabo por um especialista sul-africano, numa operação que envolve a Black Bulls, FMF e Secretaria do Estado do Desporto (SED).
Segundo o secretário de Estado do Desporto, Gilberto Mendes, em duas semanas o relvado estará novamente em condições de acolher jogos, até porque o piso não está muito danificado como as imagens televisivas (que serviram de base para a decisão da CAF) documentaram.
A FMF já solicitou, por outro lado, uma inspecção mais detalhada, e no terreno, a CAF.
Refira-se que o ENZ foi reprovado após o jogo da segunda jornada com o Al-Masry, que se queixou da qualidade do piso. Mesmo assim, a CAF abriu excepção para o jogo com o Enyimba, da terceira jornada, a 15 de Dezembro.
Os “touros”, saliente-se, estão no segundo lugar do Grupo “D”, com quatro pontos, os mesmos do Al-Masry. O grupo é liderado pelo Zamalek com sete, enquanto os nigerianos do Enyimba seguram a “lanterna vermelha”, com um.
Refira-se que esta é presença inédita da Black Bulls na fase de grupos de uma prova da CAF, à segunda tentativa, depois de em 2022 ter sido eliminada pelo Petro de Luanda na corrida pela Liga dos Campeões.
Este ano logrou a façanha após superar o Alizé Fort, das Comores, e o AS Otohô, do Congo, na fase preliminar, entre os meses de Agosto e Setembro, tornando-se na quarta equipa moçambicana na fase de grupos das Afrotaças este século, depois do Costa do Sol (2002) e Ferroviário da Beira (2017), ambos na Liga dos Campeões, e União Desportiva do Songo (2018), na Taça CAF.
Com a fase de grupos, os “touros” garantiram uma premiação monetária de 400 mil dólares da CAF.
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