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Foto: Sérgio Manjate. Foi uma década de grandes exibições, que lhe renderam bronze no “Mundial” do México e ouro no “Africano” do Egipto
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ROSTOS & RASTOS

PASSARINHO, CAMPEÃO AFRICANO E BRONZE NO “MUNDIAL” DO MÉXICO

Eurico da Silva Pereira, ou simplesmente Passarinho, foi um dos melhores guarda-redes de hóquei, senão mesmo o melhor entre 1986 e 1996, uma década que lhe rendeu uma medalha de bronze no “Mundial” do México-86 e uma medalha de ouro no “Africano” do Egipto, em 1993.

AMOR ETERNO

PELAS BALIZAS

Nasceu na província da Zambézia, a 15 de Julho de 1965, mas veio muito cedo a Maputo, em 1973, na companhia da sua mãe, Carlota César Pereira, que ainda lhe deu mais três irmãs, nomeadamente Isabel, Paula e Sandra. Em terras do Sul, a família Pereira instalou-se primeiro no bairro do Alto-Maé e a partir de 1976 na Polana Cimento, onde reside até hoje.

Escola Paiva Manso foi a sua primeira instituição de Ensino, no Alto-Maé, ao lado do Quartel General. Mais tarde estudou na Escola Primária da Maxaquene (ao lado do Instituto de Línguas), para depois fazer o Ensino Secundário na “Polana” e “Josina Machel”.

A paixão pelo desporto começa na primária da Maxaquene. “Sempre gostei de ser guarda-redes, primeiro de futebol. Costumávamos fazer jogos na Escola Secundária da Maxaquene, actual Universidade São Tomás, e lembro-me que o treinador Arnaldo Salvado quis levar-me ao Pembinha, mas não pude ir porque já praticava hóquei nos juvenis do Estrela”.

Entrou para o Estrela por influência de dois irmãos, Kido e Manito, que eram meus vizinhos. O pai gostava do hóquei e depois da brilhante estreia de Moçambique no “Mundial” de Japão, em 1978, comprou-lhes patins. Como andava sempre com eles acabei gostando do hóquei”.

PASSARINHO

PARA SEMPRE

Em termos de técnica, ser guarda-redes de futebol não tem paralelismo com a mesma posição no hóquei. Mesmo assim, ele preferiu prosseguir com a sua missão de garantir a protecção das redes, inspirado no guarda-redes Alfredo Nicolas, do Estrela, uma das grandes referências da modalidade.

No Estrela, a alcunha Passarinho pegou. Na verdade, ela nasce dos tempos dos torneios de bairro na Escola Secundária da Maxaquene, fruto dos voos incríveis que fazia. Passarinho era de uma elasticidade e impulsão incríveis, que em grande medida contrastavam, até, com a sua estatura baixa, embora no hóquei a altura seja um factor que dê vantagem, já que os “keepers” actuam de cócoras.

“Eu comecei sem nada. O Estrela tinha muito material do antigo Malhanga e não tive problemas. A minha maior referência foi o Alfredo Nicolas. Ele era um bom guarda-redes, todo espevitado, e eu sempre quis ser como ele. Dediquei-me e acho que consegui ser como o meu ídolo. Saí e voltei em 1986. No Estrela ganhei títulos em todas as categorias.

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Foi fundado no dia 24 de Junho de 1987 como presente da Sociedade do Notícias aos desportistas por ocasião dos 12 anos de Independência Nacional, que se assinalaram nesse mesmo ano.

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