A Black Bulls chega na noite de hoje a Uyo, na Nigéria, onde domingo mede forças com o Enyimba, em partida da quarta jornada do Grupo “D” da Taça da Confederação Africana de Futebol (Taça CAF), após uma longa viagem de mais de 24 horas.
Na Nigéria, o treinador dos “touros”, Hélder Duarte, diz esperar maior grau de dificuldade, tendo em conta os contratempos que a sua equipa teve na preparação desta deslocação, assim como pelas mexidas que o Enyimba foi fazendo desde a derrota em Maputo, com o despedimento do anterior técnico e a contratação de um experiente avançado de 36 anos.
“Vai ser um jogo complicado para nós. Só treinámos três dias em Maputo, em vez de cinco como estava inicialmente programado, isto por razões que todos já conhecemos. E depois jogamos fora e temos uma viagem de cerca de 24 horas, com várias ligações, o que é desgastante. Temos todos esses condicionamentos logísticos que não são da responsabilidade do clube. Aliás, superam as capacidades do nosso clube, pelo que nada se pode fazer”, detalhou.
Em relação à troca do treinador por parte da equipa adversária e o reforço no ataque, disse que “são mudanças normais no futebol. O anterior jogava em 4-3-3, com futebol mais directo, enquanto o actual usa o mesmo esquema, mas com mais dinâmica e várias nuances. Em relação ao reforço que eles têm, é preciso admitir que Brown Ideye é um avançado experiente que já jogou em vários clubes da Europa e em grandes ligas. Para esta realidade, é um jogador bastante valioso, o que é prejudicial para nós. Outro factor a nosso desfavor é o facto de na Nigéria estar-se a competir e estarmos impossibilitados de ver os jogos do Enyimba”.
Mesmo com todas estas adversidades, Hélder Duarte está optimista e confiante na sua rapaziada.
“Acreditamos nas nossas capacidades e no nosso valor. Estamos cientes da importância deste jogo, pois em caso de vitória estaremos muito próximos do apuramento para os quartos-de-final, que é o nosso sonho. É para isso que iremos trabalhar na Nigéria, onde o jogo será completamente diferente daquele que vencemos no “Zimpeto”. Para essa partida eles tiveram também vários condicionalismos, como a chegada a Maputo a menos de 24 horas do jogo e incompletos, pois dois jogadores ficaram retidos na Etiópia e só chegaram a Maputo sobre o pontapé de saída. Não tiveram descanso suficiente”, afiançou.
A Black Bulls está no segundo lugar do Grupo “D” com quatro pontos, em parceria com o Al-Masry, mas com vantagem no “goal-average”.
O grupo é liderado pelo Zamalek, com sete pontos, enquanto o Enyimba segura a “lanterna vermelha”, com um.
Passam para os quartos-de-final os dois primeiros classificados de cada um dos quatro grupos.
