A Black Bulls cumpre hoje com a primeira sessão de treinos em Uyo, na Nigéria, onde no domingo mede forças com o Enyimba, em partida da quarta jornada do Grupo “D” da Taça da Confederação Africana de Futebol (Taça CAF).
Os “touros” chegaram ao final da tarde de ontem em Uyo, depois de uma longa viagem de pouco mais de 24 horas desde Maputo.
A viagem compreendeu várias ligações. A primeira foi entre Maputo e Joanesburgo, África do Sul, e de lá para a capital ruandesa, Kigali. De Kigali partiu-se até à cidade nigeriana de Lagos, que fica à sensivelmente 700 Km de Uyo, onde será disputado o jogo, pelo que os “touros” fizeram uma viagem aérea dentro da Nigéria já com os custos a serem suportados pela equipa visitada, segundo preconizam as regras da CAF.
O embate está marcado para domingo, às 18.00 horas, no Godwil Akpabio Stadium, em Uyo, com capacidade para 30 mil pessoas. Trata-se de um estádio moderno, inaugurado em 2014 e que serve de casa da selecção da Nigéria.
Entretanto, o treino de hoje em Uyo, uma região rica em petróleo no sudeste da Nigéria, será essencialmente de descompressão após a viagem que foi bastante desgastante. A Black Bulls está na Nigéria com foco nos três pontos para manter o sonho de chegar aos quartos-de-final. Depois de bater esse mesmo Enyimba, por 3-0, a 15 de Dezembro, no Estádio Nacional do Zimpeto, a motivação e crença na nova vitória é maior no seio dos campeões nacionais.
Os “touros” têm agora quatro pontos, em segundo lugar, tantos quantos do Al-Masry do Egipto. O grupo é liderado pelo Zamalek, também do Egipto, com sete pontos. Zamalek, refira-se, é actual detentor do título e também a equipa mais temida e mais renomada do grupo.
A equipa moçambicana viajou com algumas preocupações devido à má condição física do capitão e maior estrela, Khadre, bem como do reforço de Domingos Macandza, que fizeram treinos condicionados em Maputo. Baixa confirmada para a batalha de Uyo é do avançado Victor Jr., que voltou a contrair uma lesão.
Há, entretanto, esperança deste jogador poder viajar para o Egipto, onde os campeões nacionais farão os dois restantes jogos desta campanha, frente ao Zamalek e ao Al-Masry. Na Nigéria está também o reforço Christian Bimbabou, avançado contratado ao AS Otohô d’Oyo da República do Congo, uma das vítimas da Black Bulls na caminhada à fase de grupos.
Já os restantes dois reforços, nomeadamente Júlio Carrelo e Abdou Diedhiou, médios, não estão na Nigéria, mas estarão no Egipto na próxima semana. A Black Bulls ocupa neste momento o segundo lugar do seu grupo com quatro pontos, os mesmos do Al-Masry, que está em terceiro devido à vantagem dos campeões nacionais no “goal-average”. O Zamalek, campeão em título, está em primeiro com sete pontos, enquanto o Enyimba ocupa o extremo oposto com apenas um.
Entretanto, para o mesmo grupo, também no domingo, o Al-Masry recebe o Zamalek, um duelo entre duas equipas egípcias, que medirão forças no Estádio Borg El Arab, em Alexandria. Em cada um dos quatro grupos da Taça CAF passam as duas primeiras equipas para a fase seguinte (quartos-de-final). Se a Black Bulls conseguir transitar irá receber um prémio acumulado de 550 mil dólares, sendo que para já garantiu 400 mil pela presença na fase de grupos.
Depois do Costa do Sol (2002), Ferroviário da Beira (2017) e União Desportiva do Songo (2018), a Black Bulls é o quarto clube moçambicano a chegar a uma fase de grupos das Afrotaças este século, uma façanha conseguida depois de deixar pelo caminho o Alizé Fort, das Comores, e o AS Otohô, da República Democrática do Congo.
