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REPORTAGEM

NASIR SALÉ GANHOU COMO NINGUÉM

Nasir Ismael Salé, de nome completo, nasceu na cidade de Angoche, na província de Nampula, no dia 17 de Agosto de 1966.

Filho de Ismael Issufo Salé e Zubeida Abdula, ambos da Beira, Nasir Salé mudou-se com os pais de Angoche, sua terra natal, para a cidade de Pemba, onde o progenitor foi transferido para continuar com a carreira de gestor de cinema.

Com apenas 21 anos de idade teve o primeiro contacto com a cidade de Maputo, quando veio à capital do país à frente da equipa de iniciados femininos do Ferroviário de Pemba, na disputa do Campeonato Nacional. Com essa equipa, conquistou o segundo lugar.

Ficou em Maputo para estudar no Instituto Comercial, mas não terminou a formação.

Em 1989 é admitido no extinto Instituto Nacional de Educação Física (INEF) e daí em diante segue se formando em desporto, ao mesmo tempo que, na capital do país, vai treinando as equipas de base do Maxaquene.

Já como treinador firmado, em 2003 foi assistente do norte-americano Nelson Isley no Afrobasket de 2003, no qual Moçambique organiza e termina em segundo lugar.

Em 2007 tem a sua primeira grande conquista africana, orientando a equipa do Desportivo de Maputo, em prova disputada na capital do país.

No ano seguinte, em Nairobi, Quénia, consegue defender o título africano, mas em 2009 não passa do terceiro lugar no Benin. E em 2010 perde na final disputada na Tunísia.

Em 2012, em Abidjan, Costa do Marfim, volta a ser campeão de África, agora à frente da Liga Desportiva de Maputo, que no ano anterior ficou com toda a estrutura do Desportivo de Maputo.

Em 2022, já à frente do Ferroviário de Maputo e em competição havida, mais uma vez, na capital do país, termina em terceiro lugar.

Este ano, em Dakar, no Senegal, o triunfo da equipa de Nasir Salé foi conseguido sem conhecer o sabor amargo da derrota nos seis jogos disputados.

Integrado no Grupo “C”, o Ferroviário de Maputo venceu, consecutivamente, na primeira fase o REG, do Ruanda, (78-74), Jean d’Arc, do Senegal, (64-30) e o ASB Makomeno, da República Democrática do Congo (88-38).

Qualificado para a fase das eliminatórias em primeiro lugar, nos quartos-de-final voltou a jogar com o Jean d’Arc e ganhou, mas desta feita por 65-44.

Nas meias meias-finais passou pelo APR, do Ruanda, com uma categórica vitória por 86-72, depois de ter recilhidoa ao balneário a perder por 18 pontos de diferença (33-51).

Na final, diante do Al Ahly, o Ferroviário de Maputo ganhou por 81-72, num jogo disputadíssimo, mas que jamais saiu do seu controlo.

Ganhou o primeiro quarto por 26-1, perdeu o segundo por 20-25 e foi para o intervalo com oito pontos de vantagem (46-38). Na segunda parte ganhou o terceiro quarto por nove pontos (21-12) e fixou 17 pontos (67-50) de vantagem a 10 minutos do fim. Aqui, a derrota por oito pontos de diferença (22-14) deixou o resultado final em 81-72 a favor do Ferroviário de Maputo.

Com a conquista do quarto título africano, Nasir Salé evidencia-se como o mais ganhador treinador moçambicano na prova, deixando de longe Carlos Aik (1991 e 2019), Francisco da Conceição (2001) e, ainda, Leonel Manhique (2018).

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