Conquistar um Campeonato Africano de futebol (CAN) é o sonho de qualquer selecção, mesmo quando se fala das mais cotadas. O momento é sempre vivido intensamente e celebrado como se fosse a primeira vez.
A excelente fase que a equipa nacional atravessa faz com que esse sonho ganhe força e comece a conquistar espaço na mente de cada jogador, mesmo que ténue. A percepção é partilhada pelo médio dos “Mambas” Alfons Amade que, em conversa com o desafio, traça um futuro bastante optmista em relação à Selecção Nacional. Partilha igualmente a forma como tem vivido a nova experiência no Septemvri, da I Liga da Bulgária, para onde se mudou quando a época já tinha iniciado, vindo do falido Oostende, da Bélgica.
“Na minha opinião, ser campeão, seja em qualquer competição, é um sonho que todos devemos ter. Falando, em particular, em vencer o CAN, é um objectivo que não encontro motivos para não pensar que podemos conquistar esta prova. É um sonho de todos nós. Acredito que chegará o momento em que Moçambique será campeão africano. Porém, por enquanto ainda é apenas um sonho. Para que isso se torne realidade, devemos continuar a trabalhar da mesma maneira, estarmos focados e mantendo sempre a humildade. Penso que iremos surpreender as melhores selecções africanas. Aliás, no último CAN surpreendemos ao empatar com o Egipto e Gana. Quem esperava por isso”?, avaliou.
Pespectivando um CAN-Marrocos 2025 com um desempenho de um nível superior, em comparação com as cinco participações anteriores, Alfons Amade está cem por cento convicto de que será desta que Moçambique somará a sua primeira vitória, depois de quatro empates e 11 derrotas. De recordar que a formação nacional pontuou com a Tunísia, 1-1 (CAN-1996); Benin 2-2 (CAN-2010), Egipto 2-2 e Gana, 2-2 (CAN-2023).
“Acredito a cem por cento que iremos conseguir a primeira vitória num CAN. Temos tempo para nos prepararmos e melhorar. Existem pequenos detalhes por acertar, se você quiser ter sucesso, em determinados níveis de elevado grau de exigência, não pode falhar. Penso que aprendemos muito com a participação anterior. Teremos de estar concentrados em todos os momentos do jogo. Sabemos que o potencial está lá para surpreender algumas equipas. Jogaremos com o coração e alma moçambicana e veremos, no final, qual será o resultado”, atirou.
Para o médio dos “Mambas” e do Spetimvri Sofia, clube da I Liga da Bulgária, os bons resultados não acontecem por acaso, são frutos do desempenho, profissionalismo, da humildade e, sobretudo, da união do grupo de trabalho: jogadores, equipa técnica, médica e de apoio.
“É óptimo mostrar novamente ao mundo do que Moçambique é capaz e quanta qualidade tem. Para ser honesto, a qualificação é apenas o resultado merecido do trabalho e da convicção colocados nos jogos. Obviamente, ainda temos muito a melhorar e não devemos ficar apenas satisfeitos com a qualificação, pois há muito trabalho pela frente. Temos agora de passar uma boa imagem no CAN e deixar o nosso povo orgulhoso. Alcançar o sucesso cria sempre uma óptima sensação”, comentou.
Questionado sobre o que se pode esperar de si no CAN, o seu segundo, o jogador formado nas escolas do Hoffeiheim, da Alemanha, prometeu estar em grande nível.
“É algo especial estar com as melhores equipas africanas numa competição de grande dimensão. Foi inacreditável estar no CAN pela primeira vez e tenho certeza de que a sensação será a mesma. O que posso prometer é que darei tudo para fazer parte dessa festa no próximo ano e contribuir ao máximo”, disse.