Após a passagem do “CHIDO” pelas bandas de Matchik-Tchik, tendo arrastado parcialmente parte do plantel do Clube de Desportos da Costa do Sol, com destaque para as saídas de Domingos Macandza, Isac de Carvalho, Yamikani Chester, Richard Mbulu, Chico Mioche, entre outros, a equipa ˝canarinha˝, agora orientada por Nélson Santos, iniciou no último sábado a arrumação da casa com ambições renovadas.
Santos, que é esperado esta semana em Maputo, vindo de Portugal, sua terra natal para dar início aos trabalhos. No entanto, os exames médicos iniciados ontem terminarão no dia 18 de Janeiro, com o arranque dos treinos oficiais programado para o dia seguinte, ou seja, no próximo domingo, no campo sintético do Costa do Sol, às 10.00 horas, onde prosseguirão de segunda-feira a domingo.
Segundo fontes próximas ao clube, o emblema ˝canarinho˝ continua empenhado em buscar novos jogadores para fazer face às saídas já referidas.
Os mercados nacional e internacional têm sido principais alvos dos ˝canários˝ em busca de reforços.
Nelson Santos, que substituiu o seu compatriota Horácio Gonçalves, que não renovou o seu contrato após falhar a conquista do Moçambola-2024, onde levou os ˝canarinhos˝ ao terceiro lugar e perdeu a conquista da Taça de Moçambique, sendo eliminado nas meias-finais, mostrou-se despreocupado com a saída considerável dos jogadores preponderantes que compunham a espinha dorsal do clube.
“Não olho para a idade, mas sim para o rendimento. Agora, o que queremos é uma equipa competitiva que entre em qualquer jogo, seja em casa ou fora, com o objectivo de ganhar e conquistar os três pontos”, afirmou Santos na ocasião.
Com mais de seis décadas de existência (67 anos), o Costa do Sol é o clube com mais títulos conquistados desde a independência nacional, destacando-se o domínio do futebol no início dos anos 80, 90 e 2000, sendo o único clube tetracampeão em Moçambique (1991-92-93-94). Em 1993, o Clube dos Desportos da Costa do Sol ganhou todos os troféus nas provas em que participou (Taça de Moçambique, Supertaça, Campeonato da Cidade de Maputo, Campeonato Nacional Zona Sul e Taça de Honra da Cidade de Maputo).
É importante frisar que um dos objectivos para os quais Santos foi chamado a este emblema consiste em cumprir e manter a tradição cultivada ao longo dos anos e devolver as glórias à família ˝canarinha˝.
PLANTEL EM ABERTO
Mesmo com as saídas em massa, Nelson Santos poderá contar para esta época com jogadores como Victor Guambe, Joaquim Tsambe e Armando Doutor, todos guarda-redes. Dos “sobreviventes” destacam-se ainda a continuidade de Ciganinho, Aly Abudo, Chico Muchanga, Adilson, Baptista, Beto e Yanga. Além destes e dos que estão a recuperar de lesões, Santos deverá contar com o apoio adicional de Mafaite, Nilton e Gervásio.
Vale salientar que dos jogadores estrangeiros Loyd Njaliwa e Chikoti Chirwa (malauianos) fazem parte da lista dos que não irão renovar os seus contratos, à excepção do seu compatriota Mbulu, que expressou o desejo de não continuar na família ˝canarinha˝, apesar de ter um contrato válido até Dezembro de 2025. A sua suposta saída estava associada à União Desportiva do Songo (UDS) como o seu próximo destino, algo que os “hidroeléctricos” não desmentem e nem confirmam.
Contudo, o jogador só poderá ser “liberado” mediante o pagamento de uma cláusula de rescisão, cujos valores não foram revelados. Enquanto esse impasse persistir, o jogador permanecerá no clube contra a sua vontade.
O mesmo não se pode dizer em relação ao zambiano Obino Chissala, cujo contrato terminou, mas que ainda é desejado pelo Costa do Sol e está sendo observado por alguns clubes em África e na Europa. Neste momento, o Costa do Sol está à espera de uma resposta favorável por parte do médio que representa a selecção zambiana.
Quem decidiu unilateralmente romper o vínculo com a equipa de Matchik-Tchik foi o avançado zambiano Kapembwa Musonda, que na época passada conseguiu marcar apenas dois golos, um desempenho aquém do esperado depois do investimento feito.
