A Black Bulls está disposta a fazer uma boa exibição, domingo, frente ao Al-Masry, em partida da sexta e última jornada do Grupo “D” da Taça da Confederação Africana de Futebol (Taça CAF), que terá lugar em Alexandria.
O treinador Hélder Duarte vinca que em Alexandria a Black Bulls encontrou excelentes condições de trabalho para preparar o decisivo jogo de domingo, lamentando, por outro lado, a derrota diante do Zamalek, um resultado que considera injusto e desnivelado.
“Temos aqui excelentes condições para preparar o jogo com o Al-Masry. Temos campo em boas condições junto ao hotel, com ginásio, jacuzzis e para crioterapia. São boas condições para um jogo que até podemos vencer e conseguir o nosso objectivo. O Zamalek é passado, mas penso que foi um jogo bem conseguido, apesar de termos saído com um resultado pesado para aquilo que fizemos em campo. Sofremos um golo em transição rápida após um canto nosso e quando estava 1-2 tivemos oportunidade de empatar por Khadre, mas falhámos e logo a seguir consentimos o terceiro. Não há vitórias morais, pois não nos acrescentam nada, mas para trás fica um bom jogo contra uma equipa que muitos se esquecem que é detentora deste troféu e da Supertaça Africana. É a melhor equipa de África neste momento”, atirou.
Entretanto, no terreno, os “touros” trabalham a todo gás, naquela que é a segunda maior metrópole egípcia, para um duelo no qual não há margem de erro. É ganhar ou ganhar, pois só assim a equipa do Tchumene chegará aos quartos-de-final desta prova.
Depois do treino de terça-feira, às 15.00 horas, e de ontem, às 10.00, num campo situado junto ao hotel onde está hospedada a delegação moçambicana, a equipa moçambicana volta a trabalhar de manhã.
Chamboco e Jesus são preocupações para o próximo jogo. Ambos estão com mazelas. Já o reforço Macandza é carta fora de barulho, ele que viu a situação física a deteriorar-se depois de ter trabalhado sem limitações nas vésperas do embate com o Zamalek.
Christian Bimbabou não pode ser utilizado por razões administrativas, sendo que Abdou e Júlio, também reforços, estão à disposição de Hélder Duarte.
Em Alexandria, o jogo terá lugar no Estádio Borg El Arab, com capacidade para 86 mil pessoas. É actualmente o maior estádio do Egipto e o segundo maior do Continente Africano, depois do Soccer City, na África do Sul. O recinto foi inaugurado em 2007, depois de dois anos de construção.
É um estádio multiuso, com pista olímpica, pertencente ao Exército egípcio e gerido pela federação de futebol daquele país do Norte de África.
O Al-Masry, refira-se, é uma equipa sedeada em Port Said, mas o seu campo não reúne os requisitos para partidas internacionais. A equipa vinha realizando os jogos das Afrotaças em Ismailia, mas uma recente inspecção da CAF, efectuada em Dezembro, reprovou o Estádio Canal Suez, obrigando os “verdes” a procurar um outro recinto para seus jogos.
Na partida da primeira volta, realizado na noite de 8 de Dezembro no Estádio Nacional do Zimpeto, a Black Bulls empatou a uma bola com o Al-Masry, com Nené a anotar o tento da igualdade nas compensações.
Neste momento a Black Bulls ocupa a cauda da tabela com quatro pontos, sendo que o Zamalek, já apurado, lidera com 11. O Al-Masry é segundo, com seis, mais um que o terceiro, Enyimba.
Esta é, refira-se, a primeira presença da Black Bulls numa fase de grupos de uma competição africana, à segunda tentativa, isto depois de ter falhado em 2022, quando foi afastado da Liga dos Campeões pelo Petro de Luanda, de Angola.
