Mesmo com a preciosa ajuda do colosso e detentor do título, Zamalek, a Black Bulls não conseguiu cumprir com a sua parte. Vacilou em Alexandria e viu-se atirado para fora daquela que é a segunda prova da Confederação Africana de Futebol de Futebol (Taça CAF).
A derrota diante do Al-Masry (1-3), em jogo da sexta e última jornada do Grupo “D”, revelou-se bastante penalizadora para uns “touros” cheios de vontade e fé, mas com problemas defensivos endémicos, que nos três últimos jogos “geraram” 10 golos negativos, na sua maioria mais consentidos do que conseguidos.
Aliás, num jogo em que uma vitória seria suficiente para o apuramento à fase seguinte, a Black Bulls entrou mal a todos os títulos, rubricando uma primeira parte desastrosa, tendo sofrido três golos, dois deles de rajada na ponta final, indo ao intervalo a perder por 0-3.
Ben Youssef foi o carrasco da turma do Tchumene, ele que completou um “hat-trick”, com golos aos 22, 42 e 45 minutos, arrumando precocemente os “touros” que entraram cheios de esperança de chegar além.
Na segunda metade, a equipa do Tchumene apresentou-se de cara lavada. Deu o ar da sua graça e conseguiu reduzir, aos 57 minutos, por intermédio de Rume.
Até ao final do encontro, os “touros” tentaram um outro resultado em Alexandria, mas sem sucesso.
A Black Bulls falha desta forma o acesso aos quartos-de-final com apenas quatro pontos, frutos de uma vitória, um empate e quatro derrotas, na cauda do grupo.
São sete golos marcados e 13 sofridos, num saldo de seis negativos.
Noutra partida do Grupo, o Zamalek bateu o Enyimba da Nigéria (3-1), terminando em princípio com 14 pontos. O Al-Masry fechou em segundo com nove, enquanto o Enyimba é terceiro, com cinco.
A equipa moçambicana perde também um adicional encaixe de 150 mil dólares de prémio pelo apuramento.
Mesmo assim, os “touros” saem da prova com um prémio acumulado de 450 mil dólares oferecidos pela CAF, sendo 400 mil do apuramento à fase de grupos e 50 mil para minimizar as despesas logísticas da fase preliminar.
A Black Bulls foi a quarta equipa nacional numa fase de grupos de provas da CAF este século, depois do Costa do Sol (2002), Ferroviário da Beira (2017) e União Desportiva do Songo (2018).
Os “touros” conseguiram a façanha depois de eliminarem o Alizé Fort, das Comores, e o AS Otohô d’Oyo, da República do Congo, na fase preliminar, chegando pela primeira vez tão longe numa competição da CAF.
A Balck Bulls deverá regressar às Afrotaças em Agosto, nas eliminatórias de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões Africanos da edição-2024/25.