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O novo presidente sublinhou que a aposta será em jogadores jovens, com idades entre os 19 e os 27 anos, e na valorização das camadas de formação
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LICHINGA TRAÇA NOVO RUMO VISANDO ALCANÇAR GLÓRIA

O Clube Ferroviário de Lichinga vai romper com a tradição de lutar pela manutenção no Campeonato Nacional, o Moçambola. Para a presente temporada futebolista, edição 2025, almeja alcançar os lugares cimeiros na classificação.

Saíde Molesse, recém-eleito presidente do clube, revelou esta ambição durante a reunião ordinária da Assembleia-Geral realizada no último sábado nas instalações da Universidade Católica de Moçambique (UCM) – Extensão de Lichinga. Molesse venceu o sufrágio com 122 votos, menos 13 do que o seu principal adversário, Leonardo Fontes.

O novo presidente sublinhou que a aposta será em jogadores jovens, com idades entre os 19 e os 27 anos, e na valorização das camadas de formação. Além disso, o clube ambiciona reforçar o futebol feminino e alcançar feitos inéditos na Taça de Moçambique.

“Queremos deixar para trás a luta pela manutenção e abraçar a mentalidade vencedora. Este é um projecto que exige compromisso e inovação não apenas na equipa principal, mas em todas as áreas do clube”, afirmou Molesse.

Os “locomotivas” de Lichinga já iniciaram contactos com jogadores de destaque que competiram nos clubes como Costa do Sol, Baía de Pemba e Ferroviário de Nampula. Paralelamente, cinco atletas que brilharam no Campeonato Provincial, incluindo Delson, médio proveniente do Muchenga Futebol Clube, foram recentemente contratados.

No comando técnico, nomes experientes como Antoninho Muchanga, Artur Semedo e Antero Cambaco estão na lista de possíveis treinadores, sendo que se espera a última decisão da nova direcção.

A base do plantel da época anterior será mantida em 75 por cento, mas haverá substituições para cobrir as saídas de jogadores como o guarda-redes Frank, dos defesas Pauluana e Elísio, e dos médios Eládio e Naftal.

Entre os principais objectivos da nova gestão está a construção de um lar para os atletas e a criação de um complexo desportivo próprio. Actualmente, o clube utiliza o Campo Municipal Primeiro de Maio, cedido pela edilidade de Lichinga.

“Queremos tornar o Ferroviário de Lichinga uma instituição mais robusta, capaz de gerar os seus próprios recursos e oferecer melhores condições aos atletas”, rematou Molesse.

A eleição foi considerada justa e transparente pelos sócios, que manifestaram total apoio à nova direcção. Leonardo Fontes, que liderou o clube no passado, foi nomeado presidente do Conselho de Disciplina e prometeu trabalhar em prol da equipa, incluindo o envolvimento de antigos jogadores na formação de treinadores.

Os sócios apelaram à nova direcção para que privilegie a isenção e a imparcialidade na gestão do clube, garantindo um crescimento sustentável.

A suspensão da direcção anterior, presidida por Cassimo Salimo, em Junho de 2024, marcou o início de um período de reestruturação. A decisão judicial, que resultou na suspensão, foi baseada em irregularidades no processo eleitoral de 2023, o que reforçou a necessidade de mudanças profundas no clube.

Com Saíde Molesse no comando, o Ferroviário de Lichinga está pronto para iniciar uma nova etapa. As actividades da equipa começam oficialmente entre 26 e 28 de Janeiro corrente, dando início à jornada de esperança e determinação para fazer história no futebol moçambicano.

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Foi fundado no dia 24 de Junho de 1987 como presente da Sociedade do Notícias aos desportistas por ocasião dos 12 anos de Independência Nacional, que se assinalaram nesse mesmo ano.

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