Qualificar Moçambique para os Jogos Olímpicos de 2032 é uma das apostas de Mahomed Valá, recentemente reeleito presidente da Federação Moçambicana de Voleibol.
Assume esta ambição após o voleibol moçambicano falhar o apuramento aos Jogos Olímpicos Paris – 2024, onde o país esteve representado nas modalidades de atletismo, judo, natação, boxe e vela.
Nas eliminatórias, a dupla nacional de vólei de praia, constituída por José Mondlane e Osvaldo Mungói, perdeu a favor de um par do Marrocos.
“Não conseguimos materializar o apuramento. Os atletas deram o seu melhor. Perdemos na final, para o mesmo adversário. Precisamos de trabalhar mais .Temos atletas jovens e estamos ciente de que há necessidade colocá-los fora do país, onde a concentração será maior e vão realizar regularmente jogos de controlo com atletas experientes .Vimos no estágio do Brasil, durante 45 dias, e Portugal, 15, que os atletas evoluíram muito”.
Para consolidar o estágio de atletas fora do país, a FMV está a envidar esforços em busca de financiamento junto de seus parceiros.
“Estamos a trabalhar para tal. Com o apoio dos nossos parceiros teremos atletas a competir e esperamos que na terceira vez qualifiquemos para os Jogos Olímpicos, isto para o ciclo 2028-2032. Serão oito anos a trabalhar para participarmos com regularidade”, disse.
VOLEIBOL DE SALA
Relativamente à ausência de selecções de sala a competir, para este ano prevê-se um torneio a nível da região, onde o país estará representado.
“Para termos selecções de sala não depende apenas da Federação. Por exemplo, a zona já organizou um torneio de selecções de sala, mas sem sucesso. Temos poucos clubes que participam com regularidade. As dificuldades financeiras estiveram por detrás disso, apenas um país fez a inscrição, e os outros desistiram. Para este ano teremos um torneio das selecções, a ser organizado pela zona, e estaremos mais preparados”.
Ao nível de selecções, referiu que será importante identificar talentos nas escolas, juntamente com os professores.
“Neste momento estamos à procura de talentos para alimentar a nossa selecção.Todos os atletas que temos saem da escola, obviamente que também participaram nos jogos escolares”.
A formação de treinadores também consta no manifesto de Mohomed Valá. Para este quadriénio, pretende-se identificar talentos a nível das associações provinciais com o envolvimento dos professores de educação física, que deverão ser formados.
“Vamos trabalhar com as associações para apurar quantos treinadores tem o nível 1, porque pretendemos formá-los para o nível 2. E só irá à formação quem de facto está a trabalhar ou esteja integrado num clube. Na praia já organizámos muitas formações, três a quatro, e este ano apenas serão abrangidos para sala, junto com a Federação Internacional. A posterior vamos realizar a prova para melhorar a perfomance dos nossos treinadores e professores de educação física”, avançou.
Pela primeira vez, será introduzida a Liga de Voleibol de Praia e Sala, uma competição autónoma projectada pela federação.
“Temos atletas com qualidade, há necessidade de pensarmos numa Liga, pode ser como é feito no basquetebol, a ser por gestores da Liga. Será autónoma, desde o modelo, e nós como federação vamos ajudar para a realização da Liga de Voleibol de Praia e Sala”.