O Seleccionador nacional de basquetebol sénior feminino, Nilton Manheira, está desiludido com a forma como a sua equipa falhou a qualificação directa para a fase final do Afrobasket-2025, a decorrer na Costa do Marfim de 25 de Julho a 3 de Agosto próximo.
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No rescaldo da eliminatória da Zona VI, perdida em Luanda para a Selecção Nacional de Angola com o agregado de um ponto de diferença (109-108), muito por culpa da derrota na noite de terça-feira por sete pontos de diferença (65-58), que anulou a vitória do dia anterior por seis pontos de vantagem (50-44), Manheira lamentou o mau desempenho da sua equipa no primeiro e terceiro quartos e a decisão duvidosa da arbitragem no último lance da eliminatória que ditou a qualificação das angolanas.
Não obstante, olhando para o trabalho feito em Maputo, durante a preparação e a qualidade do esforço das jogadoras já em Angola, Manheiro diz que neste quesito tem orgulho das suas atletas.
“Tivemos 18 treinos em duas semana duas semanas. As jogadoras entregaram-se ao trabalho de uma forma que não tenho nada a lamentar. Foram guerreiras.
Tivemos treinos às 6.00 horas da manhã e outros às 17.00 horas, e com as jogadoras sempre lá. Em todo esse período tivemos apenas duas ausências justificadas por motivos de força maior. Uma de Anabela Cossa, que teve um óbito na família, e de Vilma Covane, que teve de ir ao tratamento por dores na coluna. Fora desses dois casos, as atletas foram cumpridoras e têm o meu respeito”, começou por reconhecer Nilton Manheira.
Sobre os dois jogos diante de Angola, o técnico foi directo aos pontos mais críticos, lamentando a má entrada no segundo jogo e no terceiro quarto deste último encontro.
Nos primeiros 10 minutos do segundo embate, Moçambique perdeu por 13 pontos de diferença (12-25). Apesar de ter ganhado o segundo quarto por 19-7, recuperando 12 pontos e colocando a diferença em apenas um ponto ao intervalo (32-31), o que já valia a qualificação, uma outra má entrada, agora no terceiro período, deitou a perder o esforço e a recuperação do segundo quarto.
Aqui, o “cinco” de Nilton Manheira perdeu por 21-15 e ficou a sete pontos de distância (53-46) a 10 minutos do fim.
E os sete pontos de diferença era precisamente o que Angola precisava para virar a eliminatória a seu favor, depois de na segunda-feira ter perdido por seis pontos de diferença (50-44).
Nos derradeiros 10 minutos registou-se um empate a 12 pontos (65-58), com Angola a manter a vantagem necessária para apurar-se.