Há troca de mimos entre os presidentes das federações de basquetebol de Moçambique e Angola, depois que as selecções nacionais de seniores femininos dos dois países se enfrentaram entre a passada segunda-feira e terça-feira, no pavilhão principal da Cidadela Desportiva de Luanda, para a primeira Janela de qualificação para a fase final Afrobasket-2025, a decorrer na Costa do Marfim de 25 de Julho a 3 de Agosto próximo.
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Na quadra, Angola conseguiu o apuramento com o agregado de um ponto de diferença (109-108), depois da derrota na segunda-feira (50-44) e vitória no dia seguinte (65-58).
No entanto, fora da quadra, os presidentes das duas federações não param de trocar acusações, devido ao incidente verificado com a selecção moçambicana na hora da partida do hotel, onde estava alojada, ao pavilhão.
É que o “cinco” nacional teve de ir a pé ao pavilhão, porque, primeiro, à hora marcada para a saída (16.50 horas), contando que o jogo estava marcado para as 18h00 locais, o motorista não estava no autocarro e só depois de pouco mais de 10 minutos e insistidas chamadas telefónicas é que apareceu.
Segundo, depois de aparecer, o motorista, alegou que a porta do autocarro não abria, o que obrigou a delegação moçambicana a optar por caminhar por uma distância de dois quilómetros até ao pavilhão.
Para Paulo Mazivila, o incidente foi uma sabotagem, que sugere premeditação por parte dos angolanos, para desconcentrar a equipa.
Por sua vez, Muniz Silva, presidente da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), admite que houve, de facto, problemas com a porta do autocarro, mas nada premeditado e que a decisão de ir a pé foi da exclusiva responsabilidade dos moçambicanos, que, afinal, antes de chegarem ao pavilhão foram interpelados pelo motorista e negaram entrar no autocarro.