O GOVERNO dos Camarões vai pagar 1,8 milhões de euros ao treinador português António Conceição e adjuntos, substituindo-se à federação de futebol, na sequência de uma condenação por “quebra ilícita de contrato”, anunciou segunda-feira o Ministério dos Desportos.

De acordo com um comunicado daquele ministério, a Federação de Futebol dos Camarões (Fécafoot) “não demonstrou possuir condições para pagar o valor” a que foi condenada em indemnizações e multas a António Conceição, seleccionador camaronês entre 2019 e 2022, e à restante equipa técnica.
No comunicado, o ministério pede ao organismo federativo para “adoptar uma gestão menos frívola e mais responsável”, a fim de evitar “mais despesas adicionais desnecessárias”, em referência ao valor que foi condenado a pagar a António Conceição.
A Fécafoot respondeu de imediato, considerando que o comunicado do Ministério dos Desportos é “provocatório e insultuoso” e revelando que a decisão de despedir a equipa técnica liderada pelo treinador português teve o aval do Presidente dos Camarões, Paul Biya.
António Conceição está afastado dos bancos desde a saída da selecção africana, sendo que em Portugal comandou clubes como Naval, Estrela da Amadora, Vitória de Setúbal, Trofense ou Belenenses.