A história dos futebolistas moçambicanos em solo português é recheado de muitas conquistas. Antes de Moçambique tornar-se independente, Eusébio, Coluna, Matateu e Hilário arrebataram inúmeros troféus. Já no período pós-independência, o país continuou a celebrar os ganhos de Chiquinho Conde, Paito, Armando Sá e Gonçalves Fumo, eles também com troféus conquistados.

Mas num espaço de dois meses e meio pode se abrir uma página completamente nova no futebol moçambicano, caso Geny Catamo sagre-se campeão pelo Sporting. É que, a acontecer, será a primeira vez que um futebolista moçambicano se torna bicampeão em Portugal.
No período pós-independência, ou seja, a partir de 25 de Junho de 1975, apenas Gonçalves Fumo, na época 1999-2000, e Paíto, em 2001/2002, ambos no Sporting, levantaram troféus de campeões, enquanto Chiquinho Conde ergueu por duas vezes a Taça de Portugal em 1988-1989, pelo Belenenses, e 1994-1995, no Sporting, e Armando Sá venceu o troféu uma vez com a camisola do Benfica, em 2003-2004.
Coincidentemente, o extremo-esquerdo dos “Mambas” está em vias de festejar um feito inédito com as cores do Sporting, clube que se vai revelando como uma casa abençoada para o jogador moçambicano.
Com 26 jornadas realizadas e nova para o término, o Sporting está posicionado no primeiro lugar com 62 pontos, mais três que o Benfica - tem um jogo a menos - e mais nove que o Porto, que está completamente arredado da luta pelo título. Geny Catamo e os seus colegas saíram agora para os compromissos nas selecções, conscientes de que no regresso enfrentarão as últimas batalhas, sendo que cada um dos nove jogos será uma final. Uma coisa é certa: a equipa do internacional moçambicano só depende de si para ser bicampeã. De ressalvar que na época passada Geny Catamo foi fundamental para a conquista do campeonato, ao marcar o golo que deu a vitória sobre o Benfica (2-1), a 6 de Abrir de 2024.